Montesclareou: julho 2011

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quinta-feira, 21 de julho de 2011

A Morte Não Interrompe A Vida

Para Alberto Sena, mensagem 68237 e José Prates, mensagem 68242.


O titulo deste artigo é o mesmo titulo de um livro, que é distribuído gratuitamente online ou que é vendido em Montes Claros a preço de custo e do qual possuo ambos exemplares. E baseando-me nesta obra científica, concluo que ambos estão certos em várias de suas afirmações. Alberto Sena comenta: “Li uma vez, ‘ao nascer um ser humano um anjo faz um gesto de dedo rente a boca e diz: ‘Psiu’. Isto é o bastante para perdermos a memória de onde viemos” e mais a seguir diz: “Genericamente, dizemos: ‘Viemos de Deus e para Ele retornaremos’. Esta afirmativa encerra todo o mistério. Nesse campo se poderá fazer qualquer tipo de especulação, mas até agora ninguém obteve prova cabal do que acontece quando um ser humano termina a sua jornada.” E no final de seu artigo conclui: “Duma coisa se pode ter certeza: existe vida. Ninguém desaparece como fumaça na atmosfera, quando parte deste plano de vida. Jesus Cristo disse: ‘A casa do meu Pai possui muitas moradas’.

Já o outro amigo, José Prates, começa seu artigo dizendo: “Não existe nenhuma certeza em relação ao que nos acontece após a morte do corpo. Tudo é profundo mistério.” O qual discordo desta opinião, mas que acertadamente, no final de seu artigo onde explica sobre as aparições, conclui: “A faculdade consiste na possibilidade, senão permanente, pelo menos muito frequente de ver qualquer Espírito que se apresente, ainda que seja absolutamente estranho ao vidente. A posse desta faculdade é o que constitui, propriamente falando, o médium vidente.” Demonstrando, ao meu ver, que possui algum conhecimento do Espiritismo, mas com dúvidas quanto ao destino dos Espíritos. Dúvida esta também demonstrada por Alberto Sena.

Pois bem, pelo que pude observar, ambos passaram por situações parecidas quanto ao desencarne de algum ente querido. Estavam longe dos fatos e foram preservados dos abalos emocionais, ainda que momentaneamente. Facilitando assim uma tentativa de comunicação por parte do espirito que havia desencarnado. Se estivessem a par das noticias, quanto ao desencarne, essas visões, muito provavelmente, não ocorreriam devido aos abalos emocionais. Fatos como esses que ocorreram com ambos, a história popular está cheia de relatos. Porém são fatos isolados e muitos tem medo de demonstrar e relatar suas experiências, para não ser taxados de loucos, esquizofrênicos ou que estejam possessos pelo “diabo.”

Sim, Alberto Sena, quando encarnamos, que é só mais um processo evolutivo, o espirito perde momentaneamente, durante a presente encarnação, a sua memória de vidas passadas. Esse esquecimento, obedece a leis naturais e imutáveis, da qual todos estamos sujeitos. Porem pode-se perceber que não se dá da mesma forma a todos por completo, haja vista o relato de algumas crianças, descreverem fatos, pessoas, lugares, demonstrando várias evidências de que viveram em vidas passadas. Ou relatos de algumas pessoas que após algum acidente, ou por ter passado por alguma experiência traumática ou por ter ficado em coma, passam a ter reminiscências de suas vidas passadas.

A imortalidade da alma, já vinha sendo proclamada há mais de 3 mil anos antes de Cristo, ou seja, há mais de 5 mil anos atrás, o sábio Krishna não só defendia a imortalidade da alma como o seu progresso através de múltiplas reencarnações, também proclamava a existência de um único Deus e versava sobre a moral puríssima. Posteriormente, veio pensadores e filósofos, como Hermes no Egito e na Grécia vieram Pitágoras, Sócrates e Platão, todos defendendo a imortalidade da alma. Jesus, também sabiamente tinha os mesmos conhecimentos ou intuições, proclamando que “A casa do meu Pai possui muitas moradas,” como bem citou Alberto Sena. Faltando agora tentarmos dar uma explicação sobre o que acontece após o desencarne, quando partimos para o lado espiritual.

Até então, explicações científicas de caráter espiritual, num mundo materialista como o nosso, não só era difícil como quase que impossível. Até hoje encontra-se muitas barreiras. Assim que, séculos mais tarde após Jesus, um professor e pesquisador francês de nome Rivail, resolveu estudar os fenômenos mediúnicos, esparsos nos quatro cantos do mundo, como estes fenômenos bem observados pelos nossos dois comentaristas aqui deste jornal. Ele usou metodologias científicas para compor o seu primeiro trabalho que em forma de livro recebe o título de O Livro dos Espíritos, mas preservando o seu nome verdadeiro e adotando o pseudônimo de Allan Kardec. Acabou sofrendo uma enorme pressão por parte da igreja, e o resultado foi que acabou não lhe sendo possível desvencilhar o Espiritismo da Religião.

Essa honra coube ao nosso Brasil. A difícil arte de escoimar os estudos espiritualistas de práticas religiosas, se deu em solo nacional, portanto é motivo de orgulho nosso. Primeiramente com os estudos e trabalhos de vários médicos brasileiros, que dentre eles podemos destacar: O médico Conde Visconde de Sabóia, com o seu livro A Vida Psíquica do Homem; O médico Alberto Seabra, com seus livros O Problema do Além e do Destino, A Alma e O Subconsciente, e Fenômenos Psíquicos; e o médico Antônio Pinheiro Guedes, com seu livro Ciência Espirita. Surge então, em solo nacional a primeira codificação dos assuntos espiritualistas com fórum de ciência, livre de ideias religiosas. Essa codificação recebeu inicialmente o nome de Espiritismo Racional e Cientifico (Cristão), mas que hoje para não ser confundida com outras doutrinas do espiritismo, se denomina apenas pelo nome de Racionalismo Cristão. Coube portanto a Luiz de Mattos essa hercúlea tarefa de desmistificar o Espiritismo e projetá-lo como Ciência e a Luiz Alves Thomaz, custear parte destes estudos e depois garantir a independência financeira da doutrina.

José Prates, portanto a nuvem misteriosa que cobria esses assuntos foi dissipada desde 1910. Alberto Sena, o Espirito é Luz, é Força, é Inteligencia e é Poder. Aqui estamos para cumprir parte de nosso processo evolutivo neste mundo escola. Nossos erros aqui cometidos terão que ser reparados. O Ódio deverá ser convertido em Amor, o Egoísmo em Altruísmo, o Mal em Bem, não importando quantas encarnações sejam necessárias, para isso o Espírito tem a vida eterna. Caminhamos sim em direção à Deus, esse Grande Foco ou Inteligencia Universal. Mas não quer dizer que após o nosso desencarne vamos direto para Ele, porque há outros processos, metas, leis para serem cumpridas. Quanto mais benéficas forem nossas ações, quanto mais salutar e desprendido de coisas materiais for o nosso viver, mais rápido se dará a nossa ascensão.


Diante das minhas dificuldades em tentar sintetizar em poucas linhas, tudo aquilo que venho estudando sobre esse tema, resta-me fazer então o convite para o estudo. Estarei disponibilizando alguns links no meu blog e livros também, para todos aqueles que se interessarem sobre este tema, que tem como finalidade esclarecer o ser humano sobre sua composição como Força e Matéria, dissipando as dúvidas como – O que somos? O que estamos fazendo aqui? De onde viemos? E para onde vamos?

Gostaria de convidar a todos a ouvirem o programa Razão para Viver da Rádio A Razão, de seg à sexta, as 8h e as 20h 

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Nosso transporte ideal

Querendo trazer ideias para Montes Claros, ideias que sejam sustentáveis, que abracem o meio ambiente e que sejam acessíveis a todos os níveis de nossa sociedade, convido a todos que assistam a esses vídeos, que demonstram o respeito, o compromisso, por parte do Governo e condutores da Holanda.


  Hora de pico das bicicletas na Holanda - 2011



Estendendo um tapete vermelho para os ciclistas (Holanda)





Rotatória com prioridade para ciclistas na Holanda





Quando os ciclistas são importantes
(Clique em CC e escolha o idioma para tradução em português)


sexta-feira, 1 de julho de 2011

O Fascínio das Serras

A serra sempre nos causou um certo fascínio. No passado e ainda nos dias atuais, sobe-se no lugar mais alto de um monte e lá coloca-se uma cruz, talvez para pedir proteção, por estar mais próximo do céu, talvez para afastar visitantes maus intencionados, que de longe avistam uma comunidade cristã. Reis também costumavam construir seus castelos em cima dos montes. Tibetanos dão aos seus montes, nomes de deuses.

Para nós os montes são claros. Vivemos cercado deles e a este conjunto damos o nome de serra. Blocos de pedras que se erguem no meio das planícies. Quanta exuberância! E quanta coisa ainda por descobrir. Também tenho fascínio pelas montanhas e em partes devo isso à Eduardo Gomes, que me ensinou ver a beleza completa de nossas serras, a beleza exterior (no montanhismo, escalando os paredões de rocha) e também a beleza interior (na espeleologia, descobrindo estalactites e estalagmites). E no final de cada passeio, gritávamos sempre: MONTANHA! Depois fui aventurando-me pelo Vale do Peruaçú próximo a Januária, Chapada de Diamantina na Bahia, Monte Fuji no Japão ou Machu Picchu no Peru.

Somado-se a isso que já foi dito, resta ainda dizer que são as montanhas as gestoras dos mais importantes rios do mundo. As águas, dos mais importantes rios do mundo escolheram as montanhas para ali nascerem. E são seus cursos de águas, geradores de beleza e riqueza, capazes de abrigar as mais diversas espécies. Já pensou o que seria do maior rio do mundo, que é o amazonas, sem as Cordilheiras dos Andes? Ou o rio São Francisco sem a Serra da Canastra? O que seria a vida de milhões de pessoas e de outras especies de animais e vegetais?

Esperem lá, depois de tudo o que foi dito sobre a Serra, se fosse eu corrompido por interesses pessoais, diria que tive um surto de memória, e que iria voltar atrás. Daria um discurso mais ou menos assim: é claro que nossa Serra do Mel é uma doçura. E quantos nela não querem se lambu$ar? Montes Claros, uma terra castigada pelo sol e com pouca área verde em sua zona urbana, parece que o jeito mesmo vai ser urbani$ar a serra. E isso terá que ser feito da melhor forma possível, que é desapropriando um parque público e criando áreas particulares. Assim atrairemos investidores de fora, porque lá fora é que esta o dinheiro. E se vierem os ambientalistas dizendo que na Serra há várias espécies de pássaros que precisam ser protegidos, diremos que aquilo lá são insetos, que são mosquitos da dengue. E se afirmarem que lá há nascentes de rios, diremos que aquilo não passa de um charco. E se esses ambientalistas vierem com frases de que devemos proteger a Serra, perguntaremos, que Serra? Pois aquilo não passa de um acidente geográfico.

Aposto que a população de Montes Claros conhece pessoas com discursos melhores, não é mesmo?