Montesclareou: março 2013

Páginas

segunda-feira, 25 de março de 2013

Globalização e as transformações aceleradas

O mundo sempre passou por transformações e essas transformações se notam principalmente com a espécie humana, a única espécie racional entre os animais, mas não a única inteligente (ou com princípios de inteligência), diga-se de passagem. Em cada cidade, em cada rincão deste planeta, sempre se tem algo para melhorar, para consertar, para lutar e combater. As oportunidades para o aprimoramento moral e material são infinitas, bastando ter visão para enxergar, vontade para agir e educação para saber tomar decisões de forma mais racional e acertada.
 
Em nossa cidade as coisas não poderiam ser diferentes. Todos devemos encarar a realidade dos fatos, procurando entender o porquê de certos acontecimentos e tentar, na medida do possível e de forma consciente, antecipar tais acontecimentos a fim de evitar cometer faltas, evitando prejuízos e também dores futuras. Por isso que é certo o ditado que diz que “prevenir é melhor que remediar”.

Parte dessas mudanças estão ocorrendo devido ao processo acelerado da globalização. Globalização não é um fenômeno novo. Os povos africanos foram os pioneiros em globalização. A globalização se deu também com os povos egípcios, com os vikings, com os romanos, com os ingleses, com os portugueses e com outros mais. A sociedade brasileira como é hoje constituída é fruto da globalização. O que é novo nos processos de globalização da atualidade, além da velocidade dos meios de transporte, é a forma como nos comunicamos e nos relacionamos. E isso se dá graças a internet, essa rede de computadores que nos conecta a todos, desde que haja a infraestrutura necessária. A internet acelera a comunicação global e dissemina a informação de forma massificada.

Portanto, enganam-se aqueles que ainda pensam que é porque moram numa cidade do interior é que estão “jogados às traças”. Isso é coisa do passado. O que ocorre com uma pessoa em uma cidade localizada no lugar mais remoto do planeta, é em poucos segundos do conhecimento de muitos, mesmo que alguns destes muitos estejam separados por milhares de quilômetros de distância. E se o que ocorreu foi alguma injustiça ou alguma tragédia, ai é que a notícia se espalha mesmo de forma até assustadora para muitos.

E essa nova forma de comunicarmos tem causado grandes impactos e profundas implicações em todas as áreas das sociedades modernas, quer nas relações sociais, quer nos campos científicos. Podemos notar por exemplo que a opinião pública vêm ganhando força e sua voz ganha eco nos quatros cantos do mundo. Por isso que sites como a Avaaz.org e Change.org vêm se tornando porta-vozes das sociedades interconectadas, tendo como finalidade denunciar crimes de toda espécie, procurando lutar por um mundo mais justo e equilibrado.

Na esfera pessoal, isso nos faz refletir sobre vários aspectos de nossas vidas, exigindo de nós uma nova postura perante a sociedade. Quantos casos novos não vemos todos os dias de denúncias, de todos os tipos de preconceitos, em redes sociais como Facebook ou Twiiter? Quantas não são as pessoas que possuem o vício da maledicência (hábito repetitivo de falar mal das pessoas) e ao manter tal vício na blogosfera, não se veem logo em apuros por que não sabiam que aquilo que acabara de dizer ou escrever iria ser capaz tomar proporções tão gigantescas?

E quanto a política? Não vemos hoje em dia um grande número de vereadores, deputados, prefeitos e senadores terem seus votos cassados, depois de uma grande pressão popular? Não foi recentemente que tivemos a lei Ficha Limpa criada graças as revindicações populares? Qual o político que, a dias de hoje, seria capaz de desprezar um clamor da população que ele representa? Muitos ainda tentam, mas estes estão com os seus dias contados.

Portanto, seja no comércio, na indústria ou nas áreas de prestação de serviços, ninguém e nenhuma empresa está isenta do olhar escrutador dos dias atuais. Devemos ponderar mais sobre nossos atos e nossas tomadas de decisões, procurando ser verdadeiros conosco mesmo e assim procedendo estaremos sendo verdadeiros também com o nosso semelhante. Agindo desse jeito, evitaremos ser achincalhados, quer pela opinião pública, quer pela justiça. Agora mais do que nunca se faz presente e atual o pensamento de Abraham Lincoln que disse: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo.”