Montesclareou: 2012

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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Cipó de fedegoso e a pedagogia da cinta

Recentemente vi um pequeno vídeo no Youtube, do senhor Luiz Carlos Prates, comentarista do SBT, onde ele dizia sobre a pedagogia da cinta. Automaticamente me identifiquei com seu comentário, porque fui muito travesso quando pequeno. Mas para cada estripulia que fazia, geralmente minha mãe tinha a panacéia certa, como o cipó de fedegoso (Cassia occidentalis). Não sei se era por causa das propriedades dessa planta em contato com minhas canelas, que posso citar algumas como analgésica, anti-reumática, anti-séptica e anti-inflamatória, só sei que sempre funcionava comigo. Me tranquilizava. Era um "santo remédio terapêutico". Também tive que frequentar, algumas vezes, as "sessões terapêuticas do corrião de couro". Esse sim, um verdadeiro mestre. Também conhecido, em outros estados, pelo nome de cinta, que o Carlos Prates citou. O lado bom dessas “sessões”, era que elas funcionavam muito bem e que meus pais nunca precisaram gastar um tostão. 

Hoje poucas crianças conhecem esse tipo de terapia. Muitas são tratadas com remédios caríssimos ou com sessões infindáveis em consultórios particulares. Isso quando os pais têm recursos para arcar com tais despesas. Minha mãe tinha a "medicina" para os meus males no quintal de casa, detrás da porta da cozinha, outras vezes o "remédio" era carregado na cintura do meu pai. Mas esses jovens de hoje, que são tratados com remédios caríssimos ou em clínicas particulares, para saber a diferença entre mutamba e pitomba ou entre arruda e cansanção, tem que fazer universidade, muitas vezes particular também. Por isso que gosto sempre de frisar: nada substitui a experiência. Mas seria bom que nossas experiências fossem devidamente bem orientadas. Ainda que, também, possamos aprender com os nossos erros. Mas o ideal seria tentar errar o menos possível. 

Não conhecendo o corretivo básico, que deve ser ministrado na hora certa, muitos acabam se tornando seres sem a noção verdadeira do viver. Já dizia uma frase bem antiga “tudo posso, mas nem tudo me convém”. Portanto, é preciso que ensinemos aos nossos jovens, o que é que nos convêm para um viver respeitoso, em harmonia. Nossos jovens carecem, hoje em dia, de valores morais. E valores morais se aprendem mais com exemplos do que com palavras. É, também, por isso, que esses jovens de hoje querem fazer de tudo, experimentar de tudo, não importando com as consequências. Um jovem que não foi corrigido a tempo, ou seja, moralmente falando, até antes dos 7 anos de idade, dificilmente se corrigirá ao longo de sua vida, a menos que consiga despertar dentro de si, com grande esforço, valores que estejam latentes. 

Por isso mesmo, que muitos jovens criados sem pais, ou sem a presença moral dos pais, onde a obrigação que compete aos pais é delegada à outras pessoas, acabam querendo fazer de tudo. Faltam-lhes um bom modelo a ser seguido. Crescidos à base de Ritalina, logo se vêm pedindo uma dose maior de alguma outra droga. E assim, “como podem tudo”, essas crianças, agora já em fase adulta ou nem tanto, passam a tomar Rivotril. Uma triste situação que nos coloca como os maiores consumidores de remédios tarja preta do mundo. A essas mesmas crianças, órfãs de pais com condutas éticas, são oferecidos carros para passarem no vestibular. Mas o carro não é para ir para a faculdade e sim para frequentar os barzinhos e as baladas. Como essas crianças sempre tiveram um déficit de atenção na fase inicial de suas vidas, o problema acaba se arrastrando também na fase adulta. Daí o porquê deles quererem gritar para o mundo, para que notemos a sua presença. E chama mais atenção quem tiver a boca maior (medida aqui em polegadas) e maior potência de grito. 

Portanto, essas crianças crescidas sem exemplos de moral nos lares, também verificam a falta de exemplo moral dos nossos governantes e, com isso, adquirem o senso de que tudo podem fazer, do jeito que bem entenderem, pois sabem que não serão importunados. Faltando policiamento na fase infantil e na fase adulta, esses jovens pintam o sete, usam e abusam da paciência de muitos. Policiar alguém, é conduzi-lo para o caminho do bem, da honra, do cumprimento dos deveres. Como sabemos, onde não impera a ordem, a desordem toma conta; onde não impera a paz, a violência é rainha soberana. Muitos de nossos governantes se comportam como alguns reis de antigamente, vendo tudo passivamente do seu trono, cercado por suas muralhas. Até o dia em que o povo se revolta, ultrapassando as barreiras, vencendo as muralhas e destituindo do trono, aqueles que queriam se fazer passar por reis. Pobres representantes que subestimam a força de um povo unido.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Uma cidade doente

Recentemente, em Montes Claros, houve mais um crime bárbaro, que chocou não somente os familiares da vítima, mas também seus colegas, amigos e todos os seres de bem, que prezam e amam a vida. Desta vez, mais uma vida inocente foi ceifada, sujando de sangue, não apenas as mãos e a honra do criminoso que a matou, mas, também, o solo de uma cidade que um dia, num passado não muito distante, foi considerada pacata, de acordo com as dignas e sábias palavras de duas escritoras deste mural, Raquel Souto Chaves e Ruth Tupinambá. 

 Há pouco mais de um ano (msg. 67648 de 06/06/2011), fiz uma comparação entre os assassinatos ocorridos em Montes Claros e Londres. Na comparação, ressaltei que, se Montes Claros adotasse medidas de combate à violência, como ocorre aqui em Londres, provavelmente a cidade não chegaria a 10 (dez) assassinatos por ano. Procurei alertar sobre a epidemia que vem afetando a cidade de Montes Claros e que medidas urgentes e drásticas, precisavam ser tomadas. Mas infelizmente pouco ou nada foi feito de lá para cá e Montes Claros, continua, ano após ano, batendo recordes de violência. 

 A cidade de Montes Claros está doente. Como uma cidade é constituída por seres humanos, podemos concluir que, ao menos, parte da população esteja doente também. A cidade é um organismo vivo. E como todo organismo vivo, a parte saudável deve lutar para combater, para curar, a parte que está enferma. Se a doença se alastra, pode representar o aniquilamento do organismo vivo por completo. Essa doença, no caso que envolve os assassinatos, não é uma doença física, ainda que, Montes Claros, tenha vários problemas físicos. Mas Montes Claros padece de doença mental ou doença moral. Como disse Luiz de Mattos, a doença mental seria "de todos os males que afligem a humanidade, o mais terrível, pelos seus efeitos, o que mais concorre para a desgraça das nações" (Mattos, 27 mar. 1917). E quase um século depois, ainda conhecemos seus tristes e trágicos efeitos. 

 O mal se alastra, proporcionalmente, na medida que o vamos alimentando. Dai ser certo o ditado que diz que “é preciso cortar o mal pela raiz”. Mas poucos sabem qual seja a raiz da doença mental ou da falta de moral. Desconhecendo a causa, não há terapêutica eficaz que possa combater tais problemas. Todas as medidas se tornam paliativas, quando não se conhece a origem, o cerne, dos problemas. Reparem na própria Natureza, ela pode nos dar pistas magníficas de como combater esse problema. Todos devemos ser partícipes dessa luta. Devemos impedir que o mal se alastre, tal qual um corpo reage contra alguma doença. O melhor antídoto para o mal é o bem, assim como o melhor antídoto para a mentira é a verdade. 

 Vejo muita mentira, hoje em dia, circulando pela internet e especialmente nas redes sociais, como o Facebook. As vezes uma mentira, de tão massivamente que foi divulgada, parece ter contornos de verdade. A violência, de tão divulgada e difundida, já parece algo normal para uma grande maioria. Parece ser normal o fato de Montes Claros ter todos os anos, como nos anos recentes, mais de 100 (cem) assassinatos. Mas isso não é nada normal! Sempre foi meu intento querer alertar, de que não poderíamos ficar passíveis, inertes, pelo simples fato de que os assassinatos que vêm ocorrendo em Montes Claros, sejam frutos do tráfico de drogas, ou de pessoas que já tiveram passagem pela polícia. E o porquê disso? Porque na verdade, a mensagem que estamos entregando para o mundo, que nos assiste, é a de que “se você quiser manifestar seus sentimentos mais animalizados, então venha para Montes Claros”. Não é à toa que a própria população, acabe criando apelidos pejorativos como “triangulo da impunidade” ou “cidade sem lei”. 

 Queria fazer um apelo, mais uma vez, às pessoas de bem, para que passem a divulgar as belas coisas da nossa cidade e que combatam com veemência os atos indignos, vergonhosos, imorais. Que não se calem diante dos acontecimentos. Que exijam respostas concretas e que não aceitem ladainhas como respostas. Tenho certeza que, em pouco tempo, os malfeitores se sentirão tão incomodados que, ou procurarão remodelar-se ou procurarão outras bandas para praticarem seus crimes e delitos, quando souberem que em Montes Claros, impera a lei, a ordem, a paz, os bons costumes e a boa moral. Portanto, cabe a todos os cidadãos de bem, difundir o bem como método eficaz para combater o mal.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Montes Claros poderia ter alguma relação com a Indonésia, “terremotamente” falando?

“Você talvez não tenha sentido, mas o mundo todo tremeu no dia 11 de Abril”. Assim começava uma matéria publicada na semana passada, pela revista NewScientist, que fazia referência aos três grandes terremotos de grande intensidade que ocorreram no dia 11 de Abril deste ano, no México (7.0) e próximo a ilha de Sumatra (8.6 e 8.2) – ambos medidos em graus na escala Richter. A costa mexicana está situada numa região onde ocorre o encontro de placas tectônicas, sendo constantes os terremotos registrados nessas áreas, mas o que mais intrigaram os geologistas e sismólogos, é que terremotos dessa magnitude dificilmente ocorreriam fora da área de encontro das placas, como os dois ocorridos há mais de 100 quilômetros ao norte da ilha de Sumatra, na Indonésia. 

 Após cinco meses de estudos sobre esses terremotos gêmeos, ocorridos próximos à ilha de Sumatra, Matthias Delescluse, da Escola Norma Superior, de Paris e seus colegas, concluíram que existem fortes evidências de que a placa tectônica dessa região esteja se rompendo, dividindo-se em duas, formando uma nova placa. Foram analisados os terremotos nessa área desde Dezembro de 2004 e descobriram uma frequência 10 vezes superior, em relação ao período anterior, que foi também de oito anos. 

 Talvez esses estudos possam ajudar a responder uma pergunta que todo montes-clarense gostaria de ver respondida, sobre os terremotos que vêm abalando a principal cidade do Norte de Minas. Poderia existir alguma relação entre os terremotos sofridos em Montes Claros, com os terremotos ocorridos próximos à ilha de Sumatra? Talvez não tenha uma relação direta, mas de acordo com geofísico Fred Pollitz, que teve suas pesquisas publicadas na revista Nature.com, após os terremotos na região da Sumatra, um número de outros terremotos superiores a 5.5 graus na escala Richter, foram sentidos com uma frequência 5 vezes superior durantes os seis dias seguintes. Algo nunca observado antes pela ciência.

Se pensarmos no mundo como uma única casa, qualquer abalo nas estruturas dessa casa, poderia ter consequências em outras partes da casa. Facilmente podemos entender que poderia sim haver algum tipo de relação. Mas então porque vem sendo sentido com maior intensidade na região do Norte de Minas? Essa talvez seja a pergunta mais difícil de responder. Talvez não haja uma causa aparente, mas talvez pode ser que sim. Ainda falta-nos aguardar os resultados "tardios” das análises dos tremores, pelos órgãos que vêm tratando desse tema na cidade. Enquanto isso, temos que nos contentar com as hipóteses que vão sendo levantadas pelos próprios muralistas, tais como uma possível falha geológica, uma possível super exploração dos recursos hídricos, uma relação direta com os grandes terremotos da Indonésia ou, quem sabe, não seria uma mistura de tudo isso?

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Abalos sísmicos voltam a assustar população de Montes Claros

Jornais da imprensa nacional, como a folha de São Paulo, chegou a divulgar que o abalo foi sentido em ao menos 17 bairros da cidade. Mas de acordo com o foi relatado no site montesclaros.com, esse numero é bem maior. Como parece ter sido sentido nos quatros cantos da cidade, podemos facilmente concluir que não foram apenas 17 bairros, mas provavelmente tenha sido sentido nos 160 bairros que compõem a cidade. Além das poucas informações passadas à população, alguns moradores ainda se queixaram de que o site do Observatório Sismológico da UnB (Obsis) estava fora do ar no momento do abalo, o que seria motivo de mais angústia para a população.

 Para quem não quiser ficar dependo apenas do Obsis, consultas podem ser realizadas no site do Painel Global (http://www.painelglobal.org/), que é um site de monitoramento em tempo real de eventos que ocorrem na terra, tais como terremotos, atividades vulcânicas, maremotos, ventos, entre outros. De acordo com este mesmo site, atividades sísmicas de maiores intensidades foram registradas, nas últimas 48 horas, em Papua Nova Guiné, que fica próximo a placa do Pacífico e também em Porto Rico e na região das Ilhas Virgens, estes últimos situados na placa do Caribe. No Brasil, em horário próximo ao último tremor ocorrido em Montes Claros, também foi registrado tremores na cidade de Pedra Preta, RN. Mas diferentemente do que ocorre com a população de Montes Claros, a população da cidade de Pedra Preta, pode contar com informações precisas e atuais sobre os registros de seus abalos sísmicos, que são monitorados pelo Laboratório Sismológico da UFRN (LabSis/UFRN). Eles também foram informados de que sua cidade se encontra sobre uma falha geológica denominada Falha de Cabeço Preto. Enquanto que em Montes Claros, a população “anda a ver urubus”, já que não se pode ver navios. A impressão que fica, é a de que o estado do Nordeste vem empregando melhor os recursos financeiros em pesquisas nesta área, como pode ser observado no blog Sismos do Nordeste (http://sismosne.blogspot.com.br/).

 Por enquanto, parece que as melhores previsões sobre terremotos estejam nos sentidos dos nossos animais de estimação, como cachorros e gatos. Este fenômeno natural, que não ocorre somente com animais de estimação mas também com humanos, foi bem observado por Maria Aparecida Alves (comentário 72939) ao constatar que seu cachorrinho começou a latir momentos antes do tremor. Há vários relatos similares a estes na internet, inclusive alguns detectados em vídeo (como este aqui: http://goo.gl/o66SE), onde certos animais chegam a prever tremores entre 10 a 20 segundos de antecipação. Pode parecer insignificante tal previsão, mas esse tempo seria o suficiente para salvar milhares de vidas, como o terremoto que devastou o Perú em 31 de Maio de 1970, causando mais de 100.000 mortos, já que a maioria das vitimas foram encontradas dentro de suas próprias residencias. A grande maioria das casas eram construções de adobe. 

 Já que os fenômenos vem se apresentando de forma bastante frequente na cidade de Montes Claros, talvez seja hora de, quem sabe, criar uma comissão de pessoas (técnicos, engenheiros) com conhecimento específico no assunto, para fornecerem maiores esclarecimentos à população. Podendo, inclusive, estudar novas  medidas sobre as construções de casas e, principalmente, de edifícios. Acreditamos que qualquer esforço em prestar esclarecimentos de forma concreta e real, será de uma grande ajuda para o povo montes-clarense e das regiões vizinhas.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Tremendo pelos tremores


De acordo com o anúncio feito pela Unimontes, foi oficializada a aquisição dos equipamentos para a estacão sismográfica que será instalada pela própria Universidade na cidade de Montes Claros e que beneficiará não só esta cidade, mas também outras cidades do Norte de Minas. Sem sombra de dúvidas será um grande passo para o avanço tecnológico da nossa região e, quem sabe não poderá trazer respostas “concretas” para os constantes tremores que vem ocorrendo ultimamente?

Vale lembrar que o técnico em meio ambiente e sócio da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, José Ponciano Neto, já havia levantado algumas hipóteses que possivelmente explicaria tais fenômenos. Recentemente ele voltou a fazer indagações sobre a matéria publicada no Jornal Hoje em Dia, por Girleno Alencar (montesclaros.com, mens. 72526), onde este dizia que “os tremores de terra em Montes Claros, no Norte de Minas, são consequência de uma falha geológica cuja dimensão ainda não foi identificada” e que “as rachaduras criadas a milhões de anos estão reativando por causa da pressão que sofrem. Na verdade, está ocorrendo uma resposta da natureza aos impactos a que foi submetida”. As indagações feitas pelo técnico José Ponciano (mens. 72527) foram: “Que pressão é esta? São as hidrodinâmicas devido a super exploração das águas subterrâneas? Ou estão relacionadas da sobrepressão das detonações que afetam no deslocamento da rocha através das vibrações oriundas das ondas sísmicas?

Estariam ou não relacionados os recentes abalos sísmicos à uma super exploração dos recursos hídricos e/ou a uma sobrepressão das detonações causadas pela indústria cimenteira e das mineradoras? Aliás esta é também a opinião de outro colunista do montesclaros.com, Alberto Sena, que acredita que “as causas dos insistentes tremores de terra em Montes Claros estão intimamente ligadas às explosões de dinamite por parte da indústria cimenteira e das mineradoras”.

Que o Brasil (ou o norte de minas) possa registrar, vez ou outra, alguns abalos sísmicos naturais de maior magnitude que possam ser sentidos pela população, disso não descartamos como algo provável, ainda que de rara ocorrência. Mas também pode ser que os últimos abalos sofridos em Montes Claros possam não ter ocorridos por fenômenos naturais, mas sim provocados pela intervenção humana. E isso parece ser verdadeiro, pois ao usarmos este site (montesclaros.com) como “parâmetro para medir as ocorrências dos tremores em nossa cidade”, notamos que existe uma diminuição das manifestações publicadas, toda vez que alguma indústria cimenteira e/ou mineradora, relata que tal evento (detonação) irá ocorrer, como mostrado na mensagem 72561.

Mas percebemos que os alertas das mineradoras (ou da industria cimenteira) sobre as detonações, apenas fazem com que reduza os clamores públicos (que deverão exigir maiores informações de nossos órgãos competentes), postergando assim o problema para o futuro e do qual não poderemos saber quais serão as consequências. Calar ou se conformar, acredito, não é a melhor solução para enfrentarmos o problema que se nos apresenta no atual momento.

Será que existe em Montes Claros algum órgão “competente” que mantenha atualizada uma agenda com as próximas detonações que irão ocorrer em nossa cidade e região? Quem fiscaliza tais empresas e onde poderemos encontrar informações relevantes sobre as mesmas? Porque as mineradoras não se identificam? Porque raramente divulgam as detonações e quando fazem isso só se dá apenas alguns minutos antes delas ocorrerem? Estariam todas as mineradoras/cimenteiras agindo em conformidade com a lei? Haveria detonações e/ou mineradoras/cimenteiras agindo de forma ilegal?

Acredito que as manifestações públicas deveriam continuar ocorrendo, para que possam ser registrados aqui, neste jornal eletrônico, as devidas localizações destes abalos “naturais ou provocados” e ver se coincidem com os tremores que possam ser captados pelos sismógrafos. Restando-nos agora esperar para que a aquisição dos equipamentos da estação sismográfica seja concluída e que, sejam treinados a equipe técnica que irá monitorar e analisar os dados coletados, para podermos ter uma melhor explicação para os constantes tremores de terra que vem assustando nossa população. Se por um lado temos uma população “tremendo” de medo, por outro lado poderemos descobrir que existem empresários “tremendo” também para que a verdade sobre a causa dos tremores não venham à tona, como bem questionou Alberto Sena.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Eu estou com sede


Essas foram as simples palavras que provavelmente fez com Madre Teresa de Calcutá, pudesse realizar o grande e maravilhoso trabalho que fez em prol dos famintos, dos sedentos, dos pobres, dos necessitados. Talvez essas palavras a fizesse remeter ao tempo em que Cristo, momentos antes  da crucifixão, sentiu sede e clamou por água.
A partir desse dia tudo muda na vida dessa missionária que deixou a clausura do convento para viver nas ruas de Calcutá, sendo pobre no meio dos pobres. Pois ela sabia que somente assim poderia cumprir a sua missão para o qual aqui veio realizar.
Esta semana tivemos, mais uma vez, um pedido de socorro. O senhor Antônio Sena Souza, mensagem 70420,  veio recorrer a este jornal, o mais democrático que o Norte de Minas possui, para dizer as mesmas palavras: “Eu estou com sede.”
Sei que a grande maioria não dará a mínima importância para este suplício. Mas quem sabe, não toque ao menos no coração de uma pessoa? Eu acredito que palavras tem força! Que elas podem causar uma transformação interna, quando sabemos escutar. Que pode despertar uma força gigante que existe dentro de nós e que em muitas vezes não sabemos explicar de onde vem essa força.
Que os nossos irmãos e conterrâneos de Espinosa, possam ter seus problemas de necessidades básicas resolvidos. E para aqueles que ainda não se sensibilizaram com a mensagem deixada pelo senhor Antônio, fica aqui o vídeo de Madre Teresa de Calcutá que poderá ser visto gratuitamente no Youtube.