Os textos de Alberto Sena podem ser lidos aqui: http://bit.ly/AlbertoSena
Alberto Sena, infelizmente não sou uma pessoa capacitada para falar de política. Mas assim como você, também faço minhas inquirições sobre política. Descobri que gosto de política, mas não gosto do que fazem a grande maioria dos que se dizem políticos. Estes sim, em sua maioria, são verdadeiros politiqueiros. Alguns podem até ter boas intenções, antes de entrar no “sistema político”, mas uma vez lá dentro, a coisa muda de figura. E apenas uma pequeníssima parcela, pode chegar a nos surpreender positivamente.
Você pergunta: “Se eles precisam do nosso voto, quer dizer, do voto do povo, para se elegerem por que quando são eleitos os políticos fazem tudo que o povo não quer?” Arrisco a dizer que, uma vez lá dentro do “sistema”, eles se perdem, porque se deparam que estão dentro de um labirinto. Digo isso apenas dos políticos bem intencionados e não dos que já conhecem o sistema e dele tira proveito próprio em detrimento do povo que o elegeu.
Felizmente, também na política, podemos observar algumas surpresas agradáveis, como por exemplo de dois casos recentes: Romário e Tiririca. Estes dois me surpreenderam positivamente. Em recente entrevista à Veja (http://bit.ly/EntrevistaRomario), o deputado federal Romário (PSDB-RJ), quando perguntado sobre as obras da Copa 2014, chegou a dizer: “Vão roubar. E muito.” Já o outro deputado federal, Tiririca (PR-SP), que declarou à Folha (http://bit.ly/FolhaTiririca) que vai abandonar a política, porque se sente “desacreditado da política” e confessa que lá dentro da câmera dos deputados existem “outros interesses”.
Tudo isso ajuda a confirmar o que já sabia. Infelizmente esse domínio de alguns poucos sobre muitos, acontece também em outras esferas e não é exclusividade dos sistemas políticos. Podemos observar também nos sistemas religiosos, nos sistemas financeiros, nos sistemas das grandes indústrias/empresas e em outros sistemas. Foi por dizer a verdade ao povo, que o livro “A personalidade de Jesus perante o labirinto evangélico” do ex-padre, Américo Correa Marques, causou tanta indignação aos poderosos religiosos daquela época. A tática atual, empregada pelos “atuais sistemas”, é a mesma de antes, criar um labirinto para levar seus planos adiante e sair impune.
Você disse “Quem já viajou pelo mundo sabe que não há país melhor para viver do que no Brasil” e realmente você tem toda a razão. Não só por aqueles que já viajaram, mas também por aqueles que já moraram em outros países. Portanto, acredito que o problema do brasileiro é a falta de um melhor esclarecimento, mas que está sim “intimamente ligada aos políticos”. Felizmente, com a ajuda dos novos meios de comunicações, essa educação ou esclarecimento, acabará sendo massificada. Não é porque temos hoje mais falcatruas que antigamente, não, mas é porque hoje, elas são mais divulgadas e o “boca a boca” de antes, hoje virou “comunicação viral”, porque se espalha feito vírus.
E para finalizar, transcrevo aqui um pequeno trecho de Rui Barbosa, um dos melhores políticos que já tivemos em nosso país: “Saudade da justiça imparcial, exata, precisa. Que estava ao lado da direita, da esquerda, centro ou fundos. Porque o que faz a justiça é o “ser justo”. Tão simples e tão banal. Tão puro. Saudade da justiça pura, imaculada. Aquela que não olha a quem nem o rabo de ninguém. A que não olha o bolso também. Que tanto faz quem dá mais, pode mais, fala mais. Saudade da justiça capaz.”
(http://pt.wikiquote.org/wiki/Ruy_Barbosa)