Crédito das imagens: Mosquito: Jornelita - Guerreiro: Gilmar Fraga
Podemos encarar o mosquito transmissor da dengue (Aedes Aegypti) como nosso inimigo e o combate a este deve ser encarado como uma guerra. E em se tratando de guerra, nada melhor então que recorrer às mais antigas e melhores estratégias de guerra de que se tem conhecimento: as estratégias militares de Sun Tzu. Que hoje é conhecido como: A arte da guerra.
E o que Sun Tzu teria a nos dizer sobre o nosso inimigo (o mosquito) e qual seria a melhor forma de combatê-lo?
“Faremos algumas perguntas a Sun Tzu e veremos o que ele nos aconselha”:
O combate ao mosquito da dengue parece uma guerra sem fim. O que o senhor pensa desta guerra? “O verdadeiro objetivo da guerra é a paz.”
Mas essa guerra, que já dura anos, parece que quer nos vencer. “Conheça o inimigo e a si mesmo e você obterá a vitória sem qualquer perigo; conheça o terreno e as condições da natureza, e você será sempre vitorioso.”
Mas sendo nós humanos e o nosso inimigo um mosquito, não parece uma guerra com forças desiguais? “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas.”
E qual a melhor hora de iniciar uma guerra contra o mosquito da dengue? “Aquele que se empenha a resolver as dificuldades, resolve-as antes que elas surjam. Aquele que se ultrapassa a vencer os inimigos, triunfa antes que as suas ameaças se concretizem.”
Um grande problema que a nossa cidade enfrenta é que nem todos estão engajados para tentar resolver este problema. Alguns ficam em uma posição cômoda e outros são praticamente uns tolos. Então o que fazer? “O verdadeiro método, quando se tem homens sob as nossas ordens, consiste em utilizar o avaro e o tolo, o sábio e o corajoso, e em dar a cada um a responsabilidade adequada.”
Então será preciso que cada morador conheça sua própria casa e seu próprio quintal e também a do vizinho, assim como os lotes vagos, tanques, piscinas, lagoas e as encostas dos rios. É isso mesmo? “Os que ignoram as condições geográficas - montanhas e florestas - desfiladeiros perigosos, pântanos e lamaçais - não podem conduzir a marcha de um exército.”
Se o mosquito fosse qualquer outra coisa menos um inseto, talvez fosse mais fácil derrotá-lo. Não acha? “Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos afiados para ouvir o trovão. Para ser vitorioso você precisa ver o que não está visível.”
Queremos agradecer pela entrevista e para finalizar gostaríamos de fazer uma última pergunta. Agora que sabemos que devemos conhecer nossos hábitos e também os hábitos do mosquito da dengue, assim como o terreno onde ele se prolifera, devemos então encontrar o ponto fraco do mosquito e atacá-lo para combatê-lo, não é assim? “Se o inimigo deixa uma porta aberta, precipitemo-nos por ela.”
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Clique aqui para assistir um documentário da Fundação Oswaldo Cruz sobre o mosquito da dengue
Depois iremos escrever sobre os pontos fracos do mosquito da dengue. Participe também comentando e dando sugestões que você acredita que poderia ajudar a combater o mosquito da dengue, evitando sua proliferação.