Montesclareou: abril 2013

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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Sun Tzu, de A arte da guerra, ensina a população de Montes Claros como vencer a guerra contra a dengue

 
Crédito das imagens: Mosquito: Jornelita - Guerreiro: Gilmar Fraga 

Combater a dengue deve ser um compromisso de todos. E para combater o mosquito transmissor da dengue é preciso, antes de tudo, conhecê-lo.

Podemos encarar o mosquito transmissor da dengue (Aedes Aegypti) como nosso inimigo e o combate a este deve ser encarado como uma guerra. E em se tratando de guerra, nada melhor então que recorrer às mais antigas e melhores estratégias de guerra de que se tem conhecimento: as estratégias militares de Sun Tzu. Que hoje é conhecido como: A arte da guerra.

E o que Sun Tzu teria a nos dizer sobre o nosso inimigo (o mosquito) e qual seria a melhor forma de combatê-lo?

“Faremos algumas perguntas a Sun Tzu e veremos o que ele nos aconselha”:

O combate ao mosquito da dengue parece uma guerra sem fim. O que o senhor pensa desta guerra? “O verdadeiro objetivo da guerra é a paz.”

Mas essa guerra, que já dura anos, parece que quer nos vencer. “Conheça o inimigo e a si mesmo e você obterá a vitória sem qualquer perigo; conheça o terreno e as condições da natureza, e você será sempre vitorioso.”

Mas sendo nós humanos e o nosso inimigo um mosquito, não parece uma guerra com forças desiguais? “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas.”

E qual a melhor hora de iniciar uma guerra contra o mosquito da dengue? “Aquele que se empenha a resolver as dificuldades, resolve-as antes que elas surjam. Aquele que se ultrapassa a vencer os inimigos, triunfa antes que as suas ameaças se concretizem.”

Um grande problema que a nossa cidade enfrenta é que nem todos estão engajados para tentar resolver este problema. Alguns ficam em uma posição cômoda e outros são praticamente uns tolos. Então o que fazer? “O verdadeiro método, quando se tem homens sob as nossas ordens, consiste em utilizar o avaro e o tolo, o sábio e o corajoso, e em dar a cada um a responsabilidade adequada.”

Então será preciso que cada morador conheça sua própria casa e seu próprio quintal e também a do vizinho, assim como os lotes vagos, tanques, piscinas, lagoas e as encostas dos rios. É isso mesmo? “Os que ignoram as condições geográficas - montanhas e florestas - desfiladeiros perigosos, pântanos e lamaçais - não podem conduzir a marcha de um exército.”

Se o mosquito fosse qualquer outra coisa menos um inseto, talvez fosse mais fácil derrotá-lo. Não acha? “Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos afiados para ouvir o trovão. Para ser vitorioso você precisa ver o que não está visível.”

Queremos agradecer pela entrevista e para finalizar gostaríamos de fazer uma última pergunta. Agora que sabemos que devemos conhecer nossos hábitos e também os hábitos do mosquito da dengue, assim como o terreno onde ele se prolifera, devemos então encontrar o ponto fraco do mosquito e atacá-lo para combatê-lo, não é assim? “Se o inimigo deixa uma porta aberta, precipitemo-nos por ela.”

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Clique aqui para assistir um documentário da Fundação Oswaldo Cruz sobre o mosquito da dengue

Depois iremos escrever sobre os pontos fracos do mosquito da dengue. Participe também comentando e dando sugestões que você acredita que poderia ajudar a combater o mosquito da dengue, evitando sua proliferação.


sábado, 20 de abril de 2013

Forte terremoto na China

Forte terremoto de magnitude de 6.6 na província de Sichuan, China, deixa mais de 100 mortos e mais de 3.000 feridos. O terremoto ocorreu na manhã deste sábado (20/04/2013) as 08:02, hora local (00:02 GMT).

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Há sonhos que podem virar pesadelos

Li, recentemente, que a Prefeitura de Montes Claros, sob administração do atual prefeito, Ruy Muniz, quer realizar um sonho de 40 anos da população montes-clarense. Pois bem, eu fiquei imaginando aqui comigo, já que estou a vias de completar os meus 40, que esse sonho deveria ser o sonho do meu pai ou de pessoas que hoje estariam com idades entre 55 a 65 anos. Realmente, pelas fotos de família que temos e pelas estórias que meu pai contava, ele foi um jogador de futebol, do qual recebeu o apelido de índio, por ter o cabelo comprido na época. Talvez o estádio do Mocão fosse um sonho que ele contemplara no passado. Mas acredito que esse sonho tenha se desvanecido com o avanço da sua idade. O tempo, que é implacável com todos nós, fez com que meu pai e tantos outros, que viveram esse sonho de ter um estádio em Montes Claros, parasse de jogar bola. Hoje meu pai não joga nem peteca.

A realidade da Montes Claros atual é bem diferente da Montes Claros de 40 anos atrás. Acredito que é louvável investir em esporte, lazer e cultura, para incentivar jovens ao convívio social, tirando-os ao mesmo tempo das ruas e da criminalidade. Mas fico me perguntando: será que atualmente precisamos de uma obra como o estádio do Mocão? Uma, porque talvez vivemos 40 anos dormindo um sonho letárgico. Outra, porque antes talvez houvesse mais segurança e as famílias podiam ir aos campos de várzea assistir aos jogos. E eram nestes campos de várzea, onde realmente surgiam os verdadeiros craques. Mané Garrincha foi um grande exemplo. E de que adianta um estádio como o Mocão, se não estamos formando jogadores atualmente?

Será que não corremos o risco de ter um estádio fantasma? Porque então no lugar de uma construção como esta, não construirmos mais praças de esportes? Já disse aqui, em outra ocasião, que Montes Claros necessitava de pelo menos outras quatro “praças de esportes, lazer e cultura”. O governo federal vem disponibilizando recursos para a construção de praças de esportes através da segunda etapa do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que agora recebe o nome de Centro das Artes e Esportes Unificados (CEUs). E de acordo com o site do governo “o objetivo das CEUs Centros de Artes e Esportes Unificados é integrar num mesmo espaço físico, programas e ações culturais, práticas esportivas e de lazer, formação e qualificação para o mercado de trabalho, serviços sócio-assistenciais, políticas de prevenção à violência e inclusão digital, de modo a promover a cidadania em territórios de alta vulnerabilidade social das cidades brasileiras.” Ou seja, numa única área seriam atendidas várias necessidades da população e num mesmo espaço ou numa mesma sala, poderia dar vários usos, criando espaços multiúsos.

Pelo que pude observar, com o custo estimado do estádio do Mocão, poderíamos ter debaixo dos céus de Montes Claros outros dez CEUs. Então porque não construir mais praças de esportes, revitalizando as praças antigas e dando garantias para que todos pudessem praticar esportes e atividades de lazer e culturais? Porque não construir mais postos de saúde e mais escolas, no lugar da realização desse sonho antigo, que talvez nem seja mais o sonho da Montes Claros atual? Ou que ainda que seja o sonho de muitos, mas que com certeza esses mesmos “sonhadores de 40 anos” talvez devam ter também outros sonhos, mais atuais, mais prioritários. De que adiantaria formarmos jogadores, se estes por acaso viessem a estar em campo, com certeza estariam com suas preocupações voltadas para a família. Acabo de ver uma reportagem onde pessoas dentro de um precário posto de saúde, aguardavam debaixo de chuva para serem atendidos, já que chovia dentro do próprio posto de saúde. Sim, caros leitores, chuva forte caindo dentro de um posto de saúde de Montes Claros. Dava até a impressão de que chovia mais dentro do posto de saúde, do que do lado de fora. Podemos novamente perguntar: com que tranquilidade algum jogador iria se apresentar para o jogo, ao saber que na noite anterior a chuva e o barro invadiram sua casa, destruindo vários bens materiais adquiridos ao longo de uma vida?

Se o prefeito conseguir realizar outras prioridades que a população de Montes Claros vêm clamando diariamente (de manha, a tarde e a noite), quem sabe assim ele não consiga créditos para uma reeleição e talvez ai neste segundo mandato, ele não consiga então concluir esta obra que, sem dúvida alguma, será muito importante para Montes Claros. Mas a Montes Claros de hoje com certeza precisa que outros assuntos sejam realizados primeiramente. Na verdade, acredito que Montes Claros necessita que várias medidas urgentes sejam tomadas em benefício do município, para que a população volte a sonhar novamente. Parece que sonhar era privilégio de uma Montes Claros de quarenta anos atrás. Hoje, só o fato de conseguir ter uma noite de sono tranquila, já é uma grande vitória. Ter noites de silêncio e paz, já parece em si um sonho para a população da Montes Claros atual.