Nao sei ate que ponto eh verdade, mas ouvi dizer (ou melhor, li) que em Montes Claros querem acabar com mais uma praca da cidade, com suas lindas e verdes arvores e nela implantar as inertes e funebres arvores de concreto. Espero que nao seja verdade. Espero que a populacao nao deixe que isso ocorra.
Na cidade atual onde vivo, Londres, tem uma das maiores areas verdes mais bem cuidadas que eu ja tenho visto. Aqui aproximadamente 30% de sua area eh coberta por lugares abertos e publicos, que incluiu uns 145 parques e jardins. Sendo 8 deles, parques reais, ou seja que antigamente pertenciam aos monarcas ingleses e que com o desenvolvimento da populacao e crescimento urbano, foram abertos ao publico.
Aqui, como em Montes Claros, nao eh banhado pelo mar e a solucao encontrada foi preservar areas verdes, coisa que em Montes Claros querem fazer justamente o contrario. E essas areas verdes daqui sao muito bem cuidadas e preservadas. Podemos passear pelos parques na companhia de cervos, passaros silvestres, patos, gansos, cisnes, esquilos e inumeras arvores seculares, tudo isso na mais perfeita harmonia entre homem e natureza.
So para se ter uma ideia, no Richmond Park com seus 1000 hectares e no Bushy Park com seus 445 hectares, vivem cerca de 650 e 320 cervos respectivamente. Seria como se a populacao de Montes Claros tivesse outros 30 parques espalhados pela cidade, do porte dos parques municipal e sapucaia, so que bem mais cuidados e preservados. E que neles pudessemos passear livres e sem medo, na convivencia de passaros-pretos, sabias, canarios, sariemas, marrecos, tartarugas, saguis ("micos ou soim"), rapozas, lobos-guara e bicho preguica, dentre outros. Se deleitando das frondosas e frescas sombras dos ipes (roxos e amarelos), tucaneira, mangueiras, jacarandas. E de quando em vez, alimentando-se de frutos como a goiaba, jenipapo, jatoba, cagaita, carambola, pequi, mangaba, buriti e varios outros frutos.
Que os nossos governantes sejam conscientes disso, que saibam que o mais importante nao eh o quanto possam embolsar com o dinheiro publico e nem tao pouco as auto-entituladas obras que contenham seus nomes com letras garrafais, num mero gesto politiqueiro. O que importa sao as reais necessisades do povo e da sua prole, que constituira a geracao futura. E melhor que ter o seu proprio nome nas placas das obras eleitoreiras, seria ter esse nome lapidado e cravado nas mentes e coracoes da gente da sua gente. Tendo assim, seu nome passado de geracao em geracao, de boca em boca, sendo respeitado e admirado pelos governates futuros. Assim agem os verdadeiros politicos. Assim agem os verdadeiros homens de valor.
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