Os humildes, que nem sempre são iletrados, costumam de forma bem simples cunhar frases que cabem ao entendimento de todos. Então como explicar que pessoas ou um grupo delas se parecam umas com as outras, mesmo sendo externamente diferentes? Daí surgem expressões como: farinha do mesmo saco.
Frase que cabe perfeitamente aos nossos representantes políticos. A farinha está de tal forma mesclada, que fica dificil saber qual é qual. Ao provar da tal farinha, toda ela tem o mesmo gosto. Separadas, poderiam até ter sabores diferentes, mas juntas, viram farinha do mesmo saco. Mas alguém poderia dizer: farinha é tudo igual mesmo ou tem o mesmo sabor. Mas será que tal pessoa já ouviu falar ou já provou da farinha de Morro Alto?
E ai surge outra frase, como que uma complementando a outra: É pelos frutos que se conhece a árvore. Outro belo ditado popular. Mais uma vez, de forma bem simples, humildemente inculcado em todos os seres, este ditado fica de fácil entendimento até para quem nunca frequentou uma sala de aula. Qualquer campesino sabe perfeitamente que uma laranjeira (pé de laranja) só pode dar laranjas e dela não se pode esperar outros tipos de frutos.
Sendo assim, “cada um dá o que tem”. Portanto é quase em vão esperar bons frutos dos nossos atuais representantes. Escolhemos a árvore errada para deleitarmos sob sua sombra. Até que não saibamos escolher uma árvore robusta, frondosa e bem enraizada, só poderemos colher frutos como os que vimos colhendo até agora: frutos insípidos. Praça de Esportes, Urbanizaçao do centro da cidade para o melhoramento do trânsito, Desmatamento da Serra do Sapucaia, Carnaval em locais proibidos por lei e outros tantos frutos que provamos e que ainda iremos provar, como bem retratou Waldyr Senna Batista em sua crônica “bala na agulha” de 08/01/2010 publicada aqui no montesclaros.com.