Montesclareou: Similitudes entre os “Arautos do Evangelho” e a Ilha de Páscoa.

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Similitudes entre os “Arautos do Evangelho” e a Ilha de Páscoa.

Sempre estamos ligados à duas correntes de pensamentos: a do bem ou a do mal. Por instintos animalizados tendemos ser egoístas (praticando o mal) e a medida que vamos estudando e nos aperfeiçoando, tomamos consciência do nosso verdadeiro “eu” e passamos assim, lentamente, a ter pensamentos altruístas (praticando o bem), que são justamente os pensamentos contrários dos pensamentos ou práticas egoístas.

A prática egoísta pode acabar com povos e raças ou com impérios. A história nos dá testemunho disso. Mas muitas vezes não nos damos conta que estamos praticando o mal ou em outras vezes omitimos tais fatos e nem que para isso tenhamos que fazer uma “gambiarra”, como na linguagem bem coloquial de montes claros, ou como costuma dizer meu pai: “passa-se um mel de coruja”.

A Ilha de Páscoa pode ter sido um exemplo de pensamentos e práticas egoístas. A Ilha de Páscoa, é uma ilha da Polinésia oriental localizada no sul do Oceano Pacifico, e está há 3.700 km de distância da costa oeste do Chile. Ela é bem conhecida pelos seus “moais”, estátuas gigantes com estatura entre 5 a 22 metros de altura. Ali havia um povo (antes da chegada dos europeus) que se desenvolveu e cresceu. Mas a derrubada de suas florestas, o desleixo com o meio-ambiente e a falta de ação dos seus líderes, levaram esta sociedade a pura e simples extinção, como bem demonstra Jared Diamond no seu livro: Colapso – Como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso.

Parece que nós, motesclarenses, também estamos construindo os nossos “moais” e não importa o nome que a eles venhamos dar. Sim, poderemos chamá-los de “Arautos do Evangelho” com o intuito de tentar ludibriar a nossa sociedade, mas sabemos que o “mel de coruja” tem gosto de fel. Sendo uma associação, é portanto uma Pessoa Jurídica de Direito Privado. E quanto às outras outras sociedades, associações e fundações que também são Pessoa Juridica de Direito Privado e que sejam sem fins lucrativos, poderão também comprar o seu pedacinho de terra no Parque da Sapucaia? E lá construirem também os seus “moais”? Para que fiquem no alto, demonstrando o seu poderio, afinal somos de “utilidade pública”, ainda que tenhamos certa dificuldade em definir que público é este.

Acredito que um dia (se nada for feito para que isso se reverta) haverá historiadores, assim como Jared Diamond, relatando que um dia houve uma sociedade que se orgulhava e se proclamava: "Princesa do Norte" ou "Coração Robusto do Sertão Mineiro" e que seu povo era trabalhador, como um “arraial de formigas localizado às margens de uns Montes Claros”. E que por descuido de uns, por desinformação de outros e ganância de muitos, nada sobrou além dos seus “moais” no meio do deserto.

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